Dou as costas para o passado lento, denso, tenso.
Apostos estou, porque o parto das lembranças chega cru, nu, ungüento.
E eu divido em partes que se recusam, gritam, desordenam o verbo.
Com receio de me olhar internamente.
Recuo, cética, cansada, as avessas.
E me recolho ao alento, oco, fosco.
Posso voltar, posso acreditar, mas escolho fugir.
[Poliana Fonteles]
Eu acho que toda vez que passo por aqui ganho um presnte cultural com a leitura!!
ResponderExcluirbjs com carinho
Lulu & Sol
Obrigada querida, sempre.
ResponderExcluirTexto lindo.
Beijo :*
Amei o texto! parabéns!
ResponderExcluirOu a gente transborda ou a gente escasseia, é tipo 8 ou 80 né não?
ResponderExcluirBeijooO*
Todos nos escolhemos fugir de vez em quando.
ResponderExcluirBeijos.
vim direto ver qual era esse texto. Realmente não tava lembrando..rs
ResponderExcluireh perfeito mesmo..
bem, poli..
te amooooo!
Adorei!
ResponderExcluir"Posso voltar, posso acreditar, mas escolho fugir." E porque não: fingir?
ResponderExcluirDesordenar o verbo foi ótima! Gostei do poema!